A educação de Trajano deu mais um passo rumo à inclusão. Isso porque a Secretaria Municipal de Educação promoveu uma palestra sobre o Transtorno de Espectro Autista (TEA) na Escola Municipalizada Alfredo Lopes Martins. A palestra contou com a presença de docentes não só da sede, mas também dos distritos de Trajano, e foi ministrada pelas orientadoras pedagógicas de educação infantil Marise Araújo e Vanderleia Ferreira.
O objetivo da palestra foi instruir as educadoras presentes sobre os indícios do TEA que uma criança pode apresentar e como identificá-los. Para isso, as palestrantes abordaram especificamente dois temas: os marcos do desenvolvimento infantil e os atrasos no desenvolvimento infantil.
“É muito importante que se preste atenção em cada aluno com que se lida e que os pais conheçam os marcos do desenvolvimento, porque a não identificação do Transtorno do Espectro Autista tão cedo quanto possível pode prejudicar o desenvolvimento da criança que necessita de um acompanhamento diferente”, afirmaram Marise e Vanderleia durante a palestra.
As palestrantes ainda explicaram que uma criança de quatro a seis meses, por exemplo, consegue reconhecer rostos e acompanhar sons com a cabeça; até os nove meses, aprende a reconhecer seu próprio nome e a sentar sem apoio; até um ano, compreende e começa a falar palavras simples como “mama”, “papa”, e começa a ficar de pé sozinha e etc.
Crianças que têm atrasos em seu desenvolvimento e que apresentam características como predileção por objetos a pessoas, dificuldade de manter contato visual, ausência de sorriso social e regressão das habilidades já desenvolvidas podem fazer parte dos 2% da população mundial que se enquadra no TEA, mas é importante frisar que apenas neuropediatras podem dar um diagnóstico preciso. Além disso, o diagnóstico pode ser fechado apenas a partir dos seis anos de idade.