DEFESA CIVIL E MEIO AMBIENTE DE TRAJANO ESTUDAM FORMA DE ALERTAR POPULAÇÃO PARA A CHAMADA TROMBA D’ÁGUA MUITO COMUM NO VERÃO

O verão está ai, e com ele o calor, férias escolares e algumas das cachoeiras mais bonitas da região de Trajano de Moraes ganham destaque. Essa tentadora combinação leva várias pessoas a procurarem refresco nas águas. Preocupado com esse fluxo, o prefeito Rodrigo Viana se reuniu no gabinete com o secretário municipal de Defesa Civil, Mauricio Matoso e com o secretário municipal do Meio Ambiente, Murilo Portugal. O assunto foi tromba d’água.

O certo é antes de partir para o passeio em rios e quedas d’água, conferir a previsão do tempo para prevenir possíveis acidentes. “O problema é que esse período é também o mais arriscado devido ao maior volume de chuvas. Por isso, antes de tudo, é preciso se planejar para o passeio. Em algumas regiões, como por exemplo, a cachoeira de Sodrelândia, é muito comum cabeça d’água. mas se o banhista ficar atento poderá evitar qualquer acidente”, explica o secretário municipal de Defesa Civil, Maurício Matoso.

Na cabeça d’água, uma forte chuva na cabeceira do rio leva à formação de uma enxurrada que segue curso abaixo, aumentando em minutos o nível da água. Segundo Maurício Matoso, numa cabeça d’água, de 50 cm de lâmina de água, por exemplo, consegue carregar até uma caçamba de lixo de 500 kg. “O ruim desse fenômeno é que ele pega muitos banhistas de surpresa, mas, embora repentino, há de dois a três minutos para se observar alguns indícios e sair do local antes de a enxurrada chegar”, detalha.

O secretário municipal do Meio Ambiente, destaca que se a correnteza começar a ficar mais rápida e a trazer muitas folhas e galhos, indica que está descendo um grande volume de água, e por isso é bom sair da água. “Vale olhar a movimentação dos animais também. As aves fogem da chuva da cabeceira e voam no sentido contrário. Além disso, observe o aumento do nível de água”, disse.

De acordo com ele, para evitar o problema, é recomendável ficar mais próximo à nascente do rio: “É menor a possibilidade de acontecer à cabeça d’água. Na hipótese de ser surpreendido, procure proteção para só depois continuar o percurso. As pessoas que tentam atravessar a correnteza acabam não conseguindo”, completa Murilo, frisando que o ideal é buscar um lugar mais alto, longe do rio, e esperar a enxurrada passar.

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