Eles prometem de tudo: dinheiro a juros baixos, trazer de volta o amor perdido, ensinar português ou matemática, vender o carro, sítio, chácara a preços imperdíveis, cursos de informática e tem até de anulação de multas. Tudo isso é ofertado em cartazes fixados em postes e muros. Além da poluição visual, esse tipo de propaganda contribui com a oferta de bens e serviços não confiáveis. Desde que tomou conhecimento desta prática irregular, o prefeito de Trajano de Moraes, Rodrigo Viana, pediu uma ação educativa da Guarda Municipal.
O comandante da pasta, Adilson Vieira, explica que em busca de clientes, prestadores de serviço, as empresas não se intimidam e colam cartazes por toda cidade. Como base para as peças publicitárias vale tudo, ou seja, postes, lixeiras e até muros. “Estamos fazendo um trabalho de educação. Não podemos permitir isso na cidade. Nosso espaço acaba ficando feio. Então peço gentilmente que não colem esse tipo de material nas vias publicas”, disse ele.
E com isso, de folheto em folheto e de poste em poste, tem sido crescente a poluição visual provocada por anunciantes que não se preocupam com o visual da cidade. Além da sujeira, a colocação de papéis em espaço público pode prejudicar a sinalização. “A poluição visual é prejudicial tanto para pedestres, quanto para condutores. Além de o aspecto ser visivelmente feio, se deparar com isso cotidianamente causa uma sensação de cansaço, mesmo que inconsciente. Acredito que esse tipo de anúncio deve ser mais bem regulamentado”, avalia o comandante.
Talvez haja desconhecimento da população, mas colar qualquer cartaz, anúncio, propaganda sem autorização em via pública é proibido. “A ação, que acontece em Trajano de Moraes é de forma rotineira e contínua, e visa melhorar o aspecto estético, além de impedir que estes espaços sejam deteriorados pelo material fixado. A preocupação do prefeito Rodrigo Viana, é deixa a cidade limpa, visto que nosso município é um ponto de passagem tanto para cidades da região serrana, quanto para lagos e baixada litorânea”, exemplificou Adilson Vieira.
A punição empregada para ações dessa natureza consiste em notificação simultânea, recolhimento do material, considerando que a colagem de cartazes acontece repetidamente no mesmo espaço. “Percebemos que essa prática ilegal cresceu e estamos fazendo uma varredura em Trajano de Moraes, protegendo o patrimônio que pertence a todos nós. Aqueles que insistirem em fixar cartazes em locais proibidos será devidamente notificado e terão que retirar o material sem lesionar o espaço”, concluiu.