Os foliões que se preparam para pular o Carnaval deste ano já podem ir até a Unidade de Saúde mais próxima de casa para buscar, gratuitamente, camisinhas masculinas. A pedido do prefeito Rodrigo Viana e seguindo orientação do Ministério da Saúde, esses locais já começaram a distribuir os preservativos adquiridos para garantir a proteção de quem participa da festa. Até o início do período de Carnaval todos os postos e ambulâncias estarão abastecidos. São centenas de camisinhas masculinas e gel lubrificante.
“Precisamos cada vez mais estimular o uso do preservativo durante o Carnaval para prevenir a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do HIV, uma vez que muitas dessas infecções possuem fase assintomática e a pessoa nem sabe que tem e, quando apresenta sintomas, como lesões na região genital, elas podem facilitar a infecção pelo HIV”, explica a Coordenadora da Atenção Básica, Michele Machado.
Durante o ano de 2020, o Ministério da Saúde vai distribuir, ao todo, 570 milhões de preservativos para todo o país. A quantidade representa um aumento de 12% em relação ao número de camisinhas distribuídas no passado, quando foram enviadas 509,9 milhões de preservativos aos estados.
Quando se trata de saúde pública, o preservativo é o meio de prevenção mais eficaz no controle de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) entre a população sexualmente ativa, como o HIV – que não tem cura –, sífilis, gonorreia e clamídia, por exemplo. Dados do último boletim epidemiológico do HIV/Aids mostram que o HIV cresce mais entre os jovens brasileiros. A maioria dos casos de infecção pelo HIV no país é registrada na faixa de 20 a 34 anos (52,7%).
“As infecções transmitidas por relação sexual são causadas por mais de 30 vírus e bactérias através do contato, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada. Desta forma, abrir mão do uso do preservativo nas relações expõe a pessoa e os parceiros com as quais ela se relaciona. Por isso, o Ministério da Saúde em parceria com a secretaria municipal de Saúde de Trajano de Moaes, reforça constantemente a necessidade de proteção, incentivando o uso de camisinha, principalmente durante o Carnaval”, relata.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias ocorrem 1 milhão de novas infecções. Doenças antigas, que remontam à Idade Média, como a sífilis, por exemplo, ainda hoje podem ser consideradas uma epidemia pela falta de proteção adequada.