Prefeitura de Trajano de Moraes

BICHO PREGUIÇA AMEAÇADA DE EXTINÇÃO É RESGATADO EM TRAJANO E DEVOLVIDO A NATUREZA

Uma nova casa, um novo espaço, com muitas árvores e um ambiente ideal. O local: a Floresta Estadual José Zago, no bairro Represa – em Trajano de Moraes. Essa é a mais nova moradia do bicho preguiça estava no distrito de Tapera, também conhecido como Vila da Grama, e foi capturado pela equipe de profissionais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A ação só foi possível depois que moradores avistaram o animal solto e chamaram os agentes da prefeitura.

Assim que foi resgatado pelos agentes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, ele foi avaliado pelo médico veterinário da Vigilância Sanitária, Saulo Pacheco. O animal não apresentava sinais de ferimentos e, por essa razão, estava em condições de retornar para a natureza. Em seguida o bicho preguiça foi reintegrado.

“É muito gratificante pra gente ver a população colaborando com esse tipo de ação. O mais importante é saber que agora ele faz parte de um cenário 100% de preservação ambiental que é a Floresta Estadual Jozé Zago”, disse o secretário municipal do Meio Ambiente, Murilo Portugal.

Apesar do trabalho, os agentes reconhecem que ações como esta são possíveis somente com o apoio da população quem tem auxiliado denunciando casos de maus-tratos ou quando percebem que os animais não têm condições de voltar ao convívio natural sem ajuda humana e de cuidados veterinários. Neste caso, por exemplo, o animal foi encontrado por uma família e logo devolvido o seu hábitat natural.

O empenho em preservar a fauna típica da área é justificável. Murilo Portugal afirma que a redução no número de preguiças é facilmente perceptível na região. “Quando conversamos com moradores antigos, pessoas que moram em sítios, nos damos conta, pelo que eles contam, que existiam muito mais animais. Isso se explica pela redução da área verde, que atinge diretamente a fauna, principalmente o bicho preguiça, que é próprio de Mata Atlântica”, disse.

Ainda que ameaçada de extinção, o secretário explica que cerca de 90% das preguiças da região é da espécie de coleira. A região de Tapera, por exemplo, onde ela foi capturada, é um dos habitats preferidos do animal, pelo clima tranquilo e a presença de água por perto. “As preguiças só têm medo de tempestade e ventanias, muito mais do que de seres humanos, inclusive”, destacou o secretário.

A preguiça-de-coleira é uma espécie endêmica da Mata Atlântica brasileira e possui pelagem espessa de cor castanho-claro. O nome específico se dá devido à coleira que fica envolto ao seu pescoço. É a maior e mais pesada do gênero animal, podendo atingir até 10kg.