Com rendimento médio de 30 mil kg por hectare e cerca de R$ 673 mil/ano de valor de produção, Trajano de Moraes, conforme dados da Produção Agrícola Municipal 2009, do IBGE, é o terceiro maior produtor de caqui do estado do Rio de Janeiro, com 2.040 toneladas/ano, ficando atrás somente de Sumidouro, o segundo colocado, com produção de 5.180 toneladas/ano, e de São José do Vale do Rio Preto, o maior produtor do estado, com 9.555 toneladas/ano.
O caqui é apenas uma das muitas culturas da zona rural de Trajano de Moraes, mas a participação deste produto na produção geral fluminense é bastante significativa, levando geração de emprego e renda para centenas de famílias do município, a maioria com agricultura de subsistência.
Trajano de Moraes registrou, nos últimos 20 anos, conforme apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que muitas cidades da região temem: queda de população. O esvaziamento poderá afetar diretamente a economia local, sem falar nas interferências nos repasses federais para a Prefeitura, incluindo os do Sistema Único de Saúde (SUS), que são baseados no número populacional de cada município.
No período, o município perdeu 351 moradores, se comparados os números do censo do IBGE em 1991 (10.640 habitantes) e de 2010, quando registrou 10.289.
Mas, se por um lado, o número de habitantes caiu na comparação geral dos últimos 20 anos, por outro também há uma notícia boa. Do censo realizado em 2000 para a contagem populacional do ano passado, o município registrou uma reação, pulando de 10.038 habitantes para os atuais 10.289. Ou seja, na última década, Trajano de Moraes conseguiu mais 251 moradores.
O município, que possui uma área territorial de 589,811 quilômetros quadrados, também é um dos que possui maior número de pessoas morando na zona rural, embora a diferença seja pequena. São 4.780 moradores da área urbana contra os 5.509 da zona rural, de acordo com a amostragem colhida em 2010. A diferença, em favor da zona rural, é de 729 pessoas.
O forte da economia trajanense é a agricultura, com destaque para as plantações de banana, caqui, laranja, maracujá, além de pequenas colaborações em cultivos, como o café. As atividades rurais justificam o número maior de pessoas fora da área urbana, o que garante ao município a manutenção da sua população, apesar das quedas registradas nas últimas duas décadas.
Extraído de Jornal da Região